Os benefícios agregados aos contratos de trabalho por força de acordos sindicais, como vale-transporte e
vale-refeição, podem deixar de existir.
Sabemos que a estratégia do governo não será uma reforma tradicional da CLT, mas, a criação de um novo regime trabalhista, a chamada Carteira de Trabalho “Verde e Amarela”. Nesse novo regime, que iniciará como uma opção aos jovens, direitos consagrados pela CLT e a constituição, como 13º e férias, serão suprimidos. Com isso, empresas abrirão vagas apenas para o novo regime permissivo e sem direitos trabalhistas. Com a economia liberalizada e fortemente desindustrializada pela abertura agressiva do mercado brasileiro, o desemprego permanecerá elevadíssimo, o que forçará trabalhadores a aceitar a semi-escravidão do novo regime, sem a possibilidade de reclamações na Justiça do Trabalho.
“Contenciosos entre empregados e empregadores devem ser resolvidos na Justiça Comum. Com tempo, a Justiça do Trabalho perderia a razão de existir.” Disse o ministro da economia.
Portanto, a proposta é de que existam os dois regimes de trabalho, o semi-escravo e a CLT. O resultado será um massacre do trabalhador brasileiro.
Já falamos, companheiros, que no histórico do Acordo Coletivo do ano passado, que tem validade de 2 anos,mantivemos todos as conquistas dos trabalhadores e acrescentamos mais uma, que é o desejo de todos, que é o vale alimentação
que será recarregado no dia 1º de novembro, com o valor de R$1.200,00 (Hum mil e duzentos reais).
Falamos Acordo histórico porque foi implantado a votação secreta, que era um pedido dos trabalhadores de muitos e muitos anos, onde tiveram sua liberdade de expressão preservada.
Sabemos que muitas siderúrgicas da Gerdau no país estão tendo dificuldades em negociar com os Sindicatos devido ao momento de incertezas políticas e econômicas.
Preservamos o que é mais importante: todos os direitos dos trabalhadores.
Porém, com as mudanças surpresas que vêm acontecendo no mercado de trabalho e as mudanças feitas “a conta gotas” na CLT, acreditamos que, celebrando o ACT para 2 anos, nos livramos destes problemas que os outros sindicatos estão vivendo.
Somente um Sindicato forte, e que prioriza as negociações ao invés do confronto inútil que só prejudicam os trabalhadores desse país, é que termos direitos garantidos, mas, para isso é preciso a participação de todos.